Dando sequência à programação, a segunda mesa-redonda,
intitulada “Relações Internacionais do Sul”, contou com a presença do Prof. Dr.
Fernando Mourão, Professor Titular aposentado da USP, do Prof. Dr. Pio Penna
Filho, do Instituto de Relações Internacionais da UnB, do Prof. Dr. Argemiro
Procópio, Professor Titular aposentado do Instituto de Relações Internacionais
da UnB e do Prof. Dr. José Flávio Sombra Saraiva. Os trabalhos foram conduzidos
pela Profa. Dra. Vânia Carvalho Pinto, do Instituto de Relações Internacionais
do Brasil.
O Prof. Dr. Fernando Mourão enfatizou a importância dos
estudos autônomos de Relações Internacionais no Brasil, nos diversos programas
de graduação e de pós-graduação existentes. Apontou ainda a necessidade de que
áreas de interesse, como os estudos sobre a África e Ásia, sejam cada vez mais
implantadas e administradas pelos docentes e discentes de Relações
Internacionais em todo mundo. Com sua larga experiência nos temas africanos, o
Professor Mourão apresentou um retrospecto de como as relações internacionais
do Sul são e foram tratadas pela academia brasileira ao longo dos anos.
O Prof. Dr. Argemiro Procópio, com base no trabalho e obra
que desenvolveu no Instituto de Relações Internacionais, comentou que os
estudos de política internacional e de política externa na academia brasileira
devem deixar de privilegiar as regiões de “centro” e buscar a autonomia e os
registros que são produzidos em outras partes de mundo.
O Prof. Dr. Pio Penna Filho enfatizou a importância e o
caráter diversos das relações internacionais no Brasil, apontando os temas de
interesse que têm predominado a agenda de pesquisa na academia brasileira.
Tendo o continente africano como sua área de interesse, o Professor declarou
ainda ser insuficiente o trabalho que foi desenvolvido no país nos últimos 40
anos.
Por fim, o Prof. Dr. Sombra Saraiva demonstrou a todos os
presentes que os estudos que empreendeu sobre a política externa brasileira
para a África nos últimos 40 anos ainda carecem de avaliação e de
aprimoramento, a despeito de sua importante contribuição para a academia
brasileira.
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